Socorro, tenho uma cerveja choca!

Socorro, tenho uma cerveja choca!

Calma… Não há motivo para pânico. Se você comprou sua ela aqui na boxerbeers.com há uma boa chance de ela não ser uma cerveja choca, mas ser assim mesmo. Mas como assim? Muitos não sabem, mas baixa carbonatação é muitas vezes uma característica de estilos da escola inglesa. Ainda mais se elas forem projetadas para ter nitrogênio dentro.

O que é cerveja choca

Primeiro, vamos entender o que é cerveja choca. Esse é o nome popular que damos para aquelas que estão sem carbonatação, ou seja, sem dióxido de carbono (CO2). Esse gás, que é o mesmo que liberamos na nossa respiração, é parte natural da bebida, produzido na fermentação. Por isso, quando ele não está presente há essa sensação de estranhamento, que “está faltando algo” ou está “aguada”.

Mas é preciso diferenciar entre o que é cerveja choca (realmente um problema) e cerveja com baixa carbonatação (uma característica).

Nas cervejas em garrafa, esse problema pode ser ocasionado por um vazamento de gás pela tampinha. Algumas vezes ela pode estar frouxa por ter sido mal rosqueada na fábrica ou por algum choque físico que a tirou do lugar, mesmo que levemente.

Em latas e em garrafas, também pode ser ocasionado por choques térmicos repetitivos, esquentando ou esfriando muitas vezes, ou por congelamento, que compromete as características físico-químicas.

Cervejas quentes também retém menos o gás. Por isso que aquele copo esquecido na mesa fica com cerveja choca. Ah, isso também compromete a espuma, que some do copo ou nem chega a se formar.

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Baixa carbonatação

Já a baixa carbonatação pode ser sim uma característica de alguns estilos de cerveja por conta de uma tradição, como é o caso das cervejas britânicas. Antigamente, as Ales servidas no pubs eram transportadas das fábricas barris chamados casks. Tradicionalmente, ela era refermentada dentro dele para ganhar gás, mas servida diretamente do barril sem auxílio de pressão adicional – diferente do nosso chope, por exemplo, que recebe mais CO2 para empurrar o líquido para fora.

cerveja choca pode não estar choca

O barril simplesmente tinha sua tampa aberta no topo e uma torneira colocada em uma das faces, pela qual a cerveja escorria por gravidade. No entanto, o barril ficava “aberto” e perdia gás. Mas a repetição levou ao hábito e a uma preferência de cervejas menos carbonatadas na região. Muitos britânicos inclusive defendem a prática dizendo que elas são mais fáceis de beber porque “incham” menos a barriga de gás.

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Cervejas com nitrogênio

Já em tempos modernos, outra prática interferiu na carbonatação: o envase de cervejas com nitrogênio. Esse gás, que também é absolutamente seguro, é mais leve do que o ar. Assim que a embalagem é aberta e a cerveja servida, ele tenta sair do líquido. Nesse processo, faz pequenos caminhos de espumação.

Os efeitos são principalmente dois: um bonito efeito cascata quando o nitrogênio está saindo, principalmente nas cervejas escuras; e uma grande sensação de cremosidade, com espuma densa. No entanto, no processo ele acaba carregando um pouco do gás carbônico para fora. No final, ela pode parecer até mais “flat” do que o normal.

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